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Foto do escritorFred Boechat

OMS decreta fim da emergência sanitária da pandemia de covid-19.

Medida foi instaurada em 30 de janeiro de 2020 e ficou 1.191 dias em vigor; “não significa que a covid acabou”, disse Tedros.

Segundo Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, "a covid está sendo muito mais do que uma crise sanitária". No Brasil, até 26 de abril, foram registrados 37.449.418 casos e 701.494 mortes desde o início da pandemia.


A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou nesta 6ª feira (5.mai.2023) o fim da emergência sanitária da pandemia de covid-19. A emergência havia sido instaurada em 30 de janeiro de 2020 pela organização. A medida é suspensa depois de 1.191 dias em vigor.


Segundo Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, “a covid está sendo muito mais do que uma crise sanitária. Causou uma grave turbulência econômica, eliminando trilhões do PIB [mundial], interrompendo viagens e comércio, fechando negócios e mergulhando milhões na pobreza”. “O vírus está aqui para ficar. Ainda está matando e em mutação. O risco continua com novas variantes surgindo que causam novos picos em casos [de infecção] e mortes”, declarou Tedros.


O diretor-geral da organização também afirmou que “a pior coisa que qualquer país pode fazer agora é usar esta notícia como motivo para baixar a guarda, desmantelar os sistemas de saúde que construiu [para conter a doença] ou enviar a mensagem ao seu povo de que a covid não é motivo de preocupação. Não hesitarei em convocar outro Comitê de Emergência se a covid colocar nosso mundo em perigo mais uma vez“, disse.


No Brasil, até 29 de abril, foram registradas 701.833 mortes desde o início da pandemia. O Estado de São Paulo foi o 1º a iniciar a vacinação no país, em 17 de janeiro de 2021, com a dose da CoronaVac.


A emergência em saúde pública em razão do coronavírus foi decretada no Brasil em 4 de fevereiro de 2020, pelo então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. À época, a doença já havia matado 427 pessoas em 3 países e 14 pacientes eram monitorados no Brasil por suspeita de infecção. Ainda não tinham sido registradas mortes pela doença no Brasil.


A medida foi suspensa em 17 de abril de 2022 pelo então ministro Marcelo Queiroga, que comandava a pasta. Durante o anúncio, o ministro disse que a medida não significava o fim da covid e exaltou o trabalho do governo federal na gestão da pandemia.


Continuaremos a conviver com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde os brasileiros, em total respeito à Constituição Federal. (…) Agradeço aos médicos que, com a autonomia defendida pelo governo federal, utilizaram o melhor da ciência em favor dos pacientes, bem como a todos os profissionais da saúde, que incansavelmente, lutaram contra essa doença”, disse Queiroga à época.


Em 27 de abril de 2021, o Senado instalou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as ações do governo federal, à época comandado por Jair Bolsonaro (PL), e o uso de recursos da União por Estados e municípios no enfrentamento da pandemia. Os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL) eram, respectivamente, presidente, vice e relator da comissão.


Em 27 de fevereiro de 2023, o Ministério da Saúde, comandado por Nísia Trindade, começou a aplicar a vacina bivalente contra a covid em todo o país. Segundo o órgão, o imunizante melhora a imunidade contra o vírus da cepa original e contra a variante ômicron.


Em 3 de maio, o ex-presidente Bolsonaro, que era o chefe do Executivo durante o início da pandemia no Brasil, virou alvo de investigação da PF (Polícia Federal) que apura a inserção de dados falsos nos cartões de vacinação contra a covid, incluindo o seu próprio e o de sua filha Laura, de 12 anos.


Fonte: Poder 360




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